
#Motivação
Alta performance: mais do que trabalhar muito, é saber quando parar
A busca incessante por resultados está a deixar marcas profundas na saúde física e mental de quem vive em ritmo acelerado, seja no escritório ou fora dele. O Professor José Soares, especialista em fisiologia e autor do livro Upgrade, editado pela Ideias de Ler, tem dedicado os últimos anos a estudar a nossa obsessão por produtividade e sucesso. A conclusão é clara: “Não estamos a viver a vida na vida”.

(C) D.R. José Soares é professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto e docente convidado na Porto Business School.
Contrariando a ideia de que o sucesso depende apenas de trabalhar mais horas, o autor alerta que, tanto no desporto como nas empresas, o que sustenta a verdadeira performance é o equilíbrio entre carga e recuperação. “Tenho de perceber que o meu corpo e o meu cérebro têm limites. Gasta-se energia, fica-se com os depósitos vazios. É preciso fazer a reposição dessa energia”, afirma. E, tal como os atletas ajustam o treino às exigências das competições, também os profissionais devem adequar o seu esforço ao estado físico e mental em que se encontram.
A metáfora desportiva acompanha grande parte da reflexão do professor, quer no seu livro, quer na conversa que teve com O MOTIVO. (Ou não tivesse no CV décadas de trabalho com atletas de alta competição). Hoje, o fisiologista vê o mesmo tipo de exigência a alastrar-se ao mundo das organizações, com a agravante de que, no mundo corporativo, se negligencia sistematicamente o descanso. “A necessidade de sermos performantes acaba por esconder sinais e sintomas de excesso de trabalho ou de empenho”, alerta.
Longe de estar circunscrita ao universo profissional, a pressão pela performance estende-se a todas as áreas da vida: da parentalidade à forma física, da alimentação à felicidade. “Há uma pressão enorme para que as pessoas sejam positivas, resilientes, saudáveis, felizes... Isto ocupa o nosso cérebro 24 horas por dia. E pagamos um preço por isso”.

Longevidade funcional
Um dos conceitos centrais do livro do Professor José Soares é o de “longevidade funcional” e diz respeito à capacidade de manter bons níveis de performance ao longo de muitos anos, sem se entrar em esgotamento. E é precisamente isso que, segundo o especialista, começa a ser valorizado por novas gerações e por algumas empresas. “Esta geração mais nova veio dizer: ‘Eu não quero isto para mim. Não vou trabalhar até às duas da manhã todos os dias’”.
Apesar de admitir que o seu contacto com empresas é enviesado — “são organizações que me procuram porque já estão sensibilizadas para o tema” —, José Soares acredita que há uma mudança em curso. A crescente atenção à saúde mental, à gestão de energia e ao equilíbrio pessoal reflecte-se na procura por soluções sustentáveis. O custo da inação é real: “As empresas que ignoram isto enfrentam um turnover elevadíssimo, desmotivação, fadiga, custos operacionais escondidos”.
Outro dos pilares que o autor defende é o autoconhecimento. “Sabemos tudo sobre o nosso carro: a bateria, os pneus, o consumo, mas sobre nós próprios, não sabemos nada”. O professor sublinha a importância de medir, quantificar e parametrizar dados individuais, desde a qualidade do sono ao cansaço, como forma de optimizar a performance. “Quanto mais informação tivermos, mais hipóteses temos de a conseguir gerir”.
No fundo, a mensagem é simples: para sustentar bons resultados, é preciso cuidar da máquina, quem é como quem diz: do corpo, da mente, do tempo e da energia. Porque, como diz o Professor José Soares, a verdadeira alta performance não se mede em horas de trabalho, mas na capacidade de “entregar bem sem deixar de viver”.

#Motivação
Alta performance: mais do que trabalhar muito, é saber quando parar
A busca incessante por resultados está a deixar marcas profundas na saúde física e mental de quem vive em ritmo acelerado, seja no escritório ou fora dele. O Professor José Soares, especialista em fisiologia e autor do livro Upgrade, editado pela Ideias de Ler, tem dedicado os últimos anos a estudar a nossa obsessão por produtividade e sucesso. A conclusão é clara: “Não estamos a viver a vida na vida”.

(C) D.R. José Soares é professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto e docente convidado na Porto Business School.
Contrariando a ideia de que o sucesso depende apenas de trabalhar mais horas, o autor alerta que, tanto no desporto como nas empresas, o que sustenta a verdadeira performance é o equilíbrio entre carga e recuperação. “Tenho de perceber que o meu corpo e o meu cérebro têm limites. Gasta-se energia, fica-se com os depósitos vazios. É preciso fazer a reposição dessa energia”, afirma. E, tal como os atletas ajustam o treino às exigências das competições, também os profissionais devem adequar o seu esforço ao estado físico e mental em que se encontram.
A metáfora desportiva acompanha grande parte da reflexão do professor, quer no seu livro, quer na conversa que teve com O MOTIVO. (Ou não tivesse no CV décadas de trabalho com atletas de alta competição). Hoje, o fisiologista vê o mesmo tipo de exigência a alastrar-se ao mundo das organizações, com a agravante de que, no mundo corporativo, se negligencia sistematicamente o descanso. “A necessidade de sermos performantes acaba por esconder sinais e sintomas de excesso de trabalho ou de empenho”, alerta.
Longe de estar circunscrita ao universo profissional, a pressão pela performance estende-se a todas as áreas da vida: da parentalidade à forma física, da alimentação à felicidade. “Há uma pressão enorme para que as pessoas sejam positivas, resilientes, saudáveis, felizes... Isto ocupa o nosso cérebro 24 horas por dia. E pagamos um preço por isso”.

Longevidade funcional
Um dos conceitos centrais do livro do Professor José Soares é o de “longevidade funcional” e diz respeito à capacidade de manter bons níveis de performance ao longo de muitos anos, sem se entrar em esgotamento. E é precisamente isso que, segundo o especialista, começa a ser valorizado por novas gerações e por algumas empresas. “Esta geração mais nova veio dizer: ‘Eu não quero isto para mim. Não vou trabalhar até às duas da manhã todos os dias’”.
Apesar de admitir que o seu contacto com empresas é enviesado — “são organizações que me procuram porque já estão sensibilizadas para o tema” —, José Soares acredita que há uma mudança em curso. A crescente atenção à saúde mental, à gestão de energia e ao equilíbrio pessoal reflecte-se na procura por soluções sustentáveis. O custo da inação é real: “As empresas que ignoram isto enfrentam um turnover elevadíssimo, desmotivação, fadiga, custos operacionais escondidos”.
Outro dos pilares que o autor defende é o autoconhecimento. “Sabemos tudo sobre o nosso carro: a bateria, os pneus, o consumo, mas sobre nós próprios, não sabemos nada”. O professor sublinha a importância de medir, quantificar e parametrizar dados individuais, desde a qualidade do sono ao cansaço, como forma de optimizar a performance. “Quanto mais informação tivermos, mais hipóteses temos de a conseguir gerir”.
No fundo, a mensagem é simples: para sustentar bons resultados, é preciso cuidar da máquina, quem é como quem diz: do corpo, da mente, do tempo e da energia. Porque, como diz o Professor José Soares, a verdadeira alta performance não se mede em horas de trabalho, mas na capacidade de “entregar bem sem deixar de viver”.

#Motivação
Alta performance: mais do que trabalhar muito, é saber quando parar
A busca incessante por resultados está a deixar marcas profundas na saúde física e mental de quem vive em ritmo acelerado, seja no escritório ou fora dele. O Professor José Soares, especialista em fisiologia e autor do livro Upgrade, editado pela Ideias de Ler, tem dedicado os últimos anos a estudar a nossa obsessão por produtividade e sucesso. A conclusão é clara: “Não estamos a viver a vida na vida”.

(C) D.R. José Soares é professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto e docente convidado na Porto Business School.
Contrariando a ideia de que o sucesso depende apenas de trabalhar mais horas, o autor alerta que, tanto no desporto como nas empresas, o que sustenta a verdadeira performance é o equilíbrio entre carga e recuperação. “Tenho de perceber que o meu corpo e o meu cérebro têm limites. Gasta-se energia, fica-se com os depósitos vazios. É preciso fazer a reposição dessa energia”, afirma. E, tal como os atletas ajustam o treino às exigências das competições, também os profissionais devem adequar o seu esforço ao estado físico e mental em que se encontram.
A metáfora desportiva acompanha grande parte da reflexão do professor, quer no seu livro, quer na conversa que teve com O MOTIVO. (Ou não tivesse no CV décadas de trabalho com atletas de alta competição). Hoje, o fisiologista vê o mesmo tipo de exigência a alastrar-se ao mundo das organizações, com a agravante de que, no mundo corporativo, se negligencia sistematicamente o descanso. “A necessidade de sermos performantes acaba por esconder sinais e sintomas de excesso de trabalho ou de empenho”, alerta.
Longe de estar circunscrita ao universo profissional, a pressão pela performance estende-se a todas as áreas da vida: da parentalidade à forma física, da alimentação à felicidade. “Há uma pressão enorme para que as pessoas sejam positivas, resilientes, saudáveis, felizes... Isto ocupa o nosso cérebro 24 horas por dia. E pagamos um preço por isso”.

Longevidade funcional
Um dos conceitos centrais do livro do Professor José Soares é o de “longevidade funcional” e diz respeito à capacidade de manter bons níveis de performance ao longo de muitos anos, sem se entrar em esgotamento. E é precisamente isso que, segundo o especialista, começa a ser valorizado por novas gerações e por algumas empresas. “Esta geração mais nova veio dizer: ‘Eu não quero isto para mim. Não vou trabalhar até às duas da manhã todos os dias’”.
Apesar de admitir que o seu contacto com empresas é enviesado — “são organizações que me procuram porque já estão sensibilizadas para o tema” —, José Soares acredita que há uma mudança em curso. A crescente atenção à saúde mental, à gestão de energia e ao equilíbrio pessoal reflecte-se na procura por soluções sustentáveis. O custo da inação é real: “As empresas que ignoram isto enfrentam um turnover elevadíssimo, desmotivação, fadiga, custos operacionais escondidos”.
Outro dos pilares que o autor defende é o autoconhecimento. “Sabemos tudo sobre o nosso carro: a bateria, os pneus, o consumo, mas sobre nós próprios, não sabemos nada”. O professor sublinha a importância de medir, quantificar e parametrizar dados individuais, desde a qualidade do sono ao cansaço, como forma de optimizar a performance. “Quanto mais informação tivermos, mais hipóteses temos de a conseguir gerir”.
No fundo, a mensagem é simples: para sustentar bons resultados, é preciso cuidar da máquina, quem é como quem diz: do corpo, da mente, do tempo e da energia. Porque, como diz o Professor José Soares, a verdadeira alta performance não se mede em horas de trabalho, mas na capacidade de “entregar bem sem deixar de viver”.

#Motivação
Alta performance: mais do que trabalhar muito, é saber quando parar
Conversamos com o professor José Soares sobre a pressão a que estamos sujeitos, o desprezo pelo descanso e os sinais que o corpo dá.
A busca incessante por resultados está a deixar marcas profundas na saúde física e mental de quem vive em ritmo acelerado, seja no escritório ou fora dele. O Professor José Soares, especialista em fisiologia e autor do livro Upgrade, editado pela Ideias de Ler, tem dedicado os últimos anos a estudar a nossa obsessão por produtividade e sucesso. A conclusão é clara: “Não estamos a viver a vida na vida”.

(C) D.R. José Soares é professor catedrático de Fisiologia na Universidade do Porto e docente convidado na Porto Business School.
Contrariando a ideia de que o sucesso depende apenas de trabalhar mais horas, o autor alerta que, tanto no desporto como nas empresas, o que sustenta a verdadeira performance é o equilíbrio entre carga e recuperação. “Tenho de perceber que o meu corpo e o meu cérebro têm limites. Gasta-se energia, fica-se com os depósitos vazios. É preciso fazer a reposição dessa energia”, afirma. E, tal como os atletas ajustam o treino às exigências das competições, também os profissionais devem adequar o seu esforço ao estado físico e mental em que se encontram.
A metáfora desportiva acompanha grande parte da reflexão do professor, quer no seu livro, quer na conversa que teve com O MOTIVO. (Ou não tivesse no CV décadas de trabalho com atletas de alta competição). Hoje, o fisiologista vê o mesmo tipo de exigência a alastrar-se ao mundo das organizações, com a agravante de que, no mundo corporativo, se negligencia sistematicamente o descanso. “A necessidade de sermos performantes acaba por esconder sinais e sintomas de excesso de trabalho ou de empenho”, alerta.
Longe de estar circunscrita ao universo profissional, a pressão pela performance estende-se a todas as áreas da vida: da parentalidade à forma física, da alimentação à felicidade. “Há uma pressão enorme para que as pessoas sejam positivas, resilientes, saudáveis, felizes... Isto ocupa o nosso cérebro 24 horas por dia. E pagamos um preço por isso”.

Longevidade funcional
Um dos conceitos centrais do livro do Professor José Soares é o de “longevidade funcional” e diz respeito à capacidade de manter bons níveis de performance ao longo de muitos anos, sem se entrar em esgotamento. E é precisamente isso que, segundo o especialista, começa a ser valorizado por novas gerações e por algumas empresas. “Esta geração mais nova veio dizer: ‘Eu não quero isto para mim. Não vou trabalhar até às duas da manhã todos os dias’”.
Apesar de admitir que o seu contacto com empresas é enviesado — “são organizações que me procuram porque já estão sensibilizadas para o tema” —, José Soares acredita que há uma mudança em curso. A crescente atenção à saúde mental, à gestão de energia e ao equilíbrio pessoal reflecte-se na procura por soluções sustentáveis. O custo da inação é real: “As empresas que ignoram isto enfrentam um turnover elevadíssimo, desmotivação, fadiga, custos operacionais escondidos”.
Outro dos pilares que o autor defende é o autoconhecimento. “Sabemos tudo sobre o nosso carro: a bateria, os pneus, o consumo, mas sobre nós próprios, não sabemos nada”. O professor sublinha a importância de medir, quantificar e parametrizar dados individuais, desde a qualidade do sono ao cansaço, como forma de optimizar a performance. “Quanto mais informação tivermos, mais hipóteses temos de a conseguir gerir”.
No fundo, a mensagem é simples: para sustentar bons resultados, é preciso cuidar da máquina, quem é como quem diz: do corpo, da mente, do tempo e da energia. Porque, como diz o Professor José Soares, a verdadeira alta performance não se mede em horas de trabalho, mas na capacidade de “entregar bem sem deixar de viver”.



