#Conhecimento

A responsabilidade social não é caridade, é investimento

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27 de nov. de 2025, 10:05

A ligação entre o mundo corporativo e o terceiro setor está longe de ser uma novidade, mas continua a ser um desafio. Teresa Ribeiro, diretora técnica e vice-presidente da ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, sublinha que as empresas “têm desempenhado um papel importante na nossa história, contribuindo de diversas formas no desenvolvimento de alguns dos nossos projetos”. Ainda assim, admite que esse papel “poderia ser mais representativo”, lembrando que em 2024 os donativos de empresas representaram apenas 6% do orçamento da associação.

Nos mais de 30 anos de atividade, a ARIA contou com parcerias regulares de marcas como o Pingo Doce e a Auchan, que fornecem géneros alimentares para a Residência onde vivem 12 utentes. “Este apoio permite uma redução muito significativa na rubrica da alimentação que, num projeto não sustentável financeiramente, representa uma diminuição considerável de despesa anual”, explica. Há também colaborações pontuais, como a da Securitas Portugal, que em 2024 contribuiu para atividades com os utentes.

A dificuldade, nota Teresa Ribeiro, começa na abordagem. “Chegar à pessoa certa nem sempre é fácil. Quando o conseguimos, a reação é geralmente positiva e de interesse, até porque o tema saúde mental está na moda desde o Covid-19. O que não significa que tenha mudado grande coisa”. Para a ARIA, a credibilidade de 34 anos de história, distinguida com prémios e reconhecida pelos Ministérios da Saúde e da Segurança Social, funciona como selo de confiança, mas ainda assim é preciso desbravar caminho junto das empresas.

A Associação tem, hoje, uma equipa de 50 trabalhadores e 14 colaboradores externos,.i Intervém em três concelhos (Lisboa, Oeiras e Cascais) e apoia diariamente mais de 200 pessoas com diferentes diagnósticos de saúde mental. Residência de treino de autonomia, apoio domiciliário, fóruns sócio-ocupacionais e formação profissional em restauração e jardinagem fazem parte da sua rede de serviços. Na prática, funciona como uma empresa: “Precisamos de uma gestão eficiente e de planeamento estratégico para garantir a sustentabilidade e a transparência na apresentação de resultados”, afirma Teresa, mas a diferença está no propósito.

“O sector privado visa o lucro e o terceiro setor visa o impacto social”, resume. E é nesse impacto que reside o potencial transformador das parcerias. A ARIA procura sempre oferecer contrapartidas que acrescentem valor às empresas, como ações de literacia em saúde mental dirigidas a funcionários. “Uma das principais dificuldades é a falta de conhecimento ou compreensão por parte das empresas sobre o nosso trabalho, o que pode dificultar o estabelecimento de parcerias sólidas”, refere.

As necessidades são concretas. Neste momento, a prioridade é requalificar a Residência de Treino de Autonomia, cuja cobertura tem infiltrações graves. “Está em causa o bem-estar dos nossos utentes, a salubridade e a segurança do edifício”, alerta Teresa.

Num tempo em que a saúde mental deixou de ser tabu e entrou no debate público, a pergunta que fica é: estarão as empresas dispostas a assumir a sua quota de responsabilidade social? O apelo é claro: apoiar projetos como o da ARIA é participar ativamente na construção de comunidades mais saudáveis, justas e sustentáveis.

(C) D.R.
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A responsabilidade social não é caridade, é investimento

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27 de nov. de 2025, 10:05

A ligação entre o mundo corporativo e o terceiro setor está longe de ser uma novidade, mas continua a ser um desafio. Teresa Ribeiro, diretora técnica e vice-presidente da ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, sublinha que as empresas “têm desempenhado um papel importante na nossa história, contribuindo de diversas formas no desenvolvimento de alguns dos nossos projetos”. Ainda assim, admite que esse papel “poderia ser mais representativo”, lembrando que em 2024 os donativos de empresas representaram apenas 6% do orçamento da associação.

Nos mais de 30 anos de atividade, a ARIA contou com parcerias regulares de marcas como o Pingo Doce e a Auchan, que fornecem géneros alimentares para a Residência onde vivem 12 utentes. “Este apoio permite uma redução muito significativa na rubrica da alimentação que, num projeto não sustentável financeiramente, representa uma diminuição considerável de despesa anual”, explica. Há também colaborações pontuais, como a da Securitas Portugal, que em 2024 contribuiu para atividades com os utentes.

A dificuldade, nota Teresa Ribeiro, começa na abordagem. “Chegar à pessoa certa nem sempre é fácil. Quando o conseguimos, a reação é geralmente positiva e de interesse, até porque o tema saúde mental está na moda desde o Covid-19. O que não significa que tenha mudado grande coisa”. Para a ARIA, a credibilidade de 34 anos de história, distinguida com prémios e reconhecida pelos Ministérios da Saúde e da Segurança Social, funciona como selo de confiança, mas ainda assim é preciso desbravar caminho junto das empresas.

A Associação tem, hoje, uma equipa de 50 trabalhadores e 14 colaboradores externos,.i Intervém em três concelhos (Lisboa, Oeiras e Cascais) e apoia diariamente mais de 200 pessoas com diferentes diagnósticos de saúde mental. Residência de treino de autonomia, apoio domiciliário, fóruns sócio-ocupacionais e formação profissional em restauração e jardinagem fazem parte da sua rede de serviços. Na prática, funciona como uma empresa: “Precisamos de uma gestão eficiente e de planeamento estratégico para garantir a sustentabilidade e a transparência na apresentação de resultados”, afirma Teresa, mas a diferença está no propósito.

“O sector privado visa o lucro e o terceiro setor visa o impacto social”, resume. E é nesse impacto que reside o potencial transformador das parcerias. A ARIA procura sempre oferecer contrapartidas que acrescentem valor às empresas, como ações de literacia em saúde mental dirigidas a funcionários. “Uma das principais dificuldades é a falta de conhecimento ou compreensão por parte das empresas sobre o nosso trabalho, o que pode dificultar o estabelecimento de parcerias sólidas”, refere.

As necessidades são concretas. Neste momento, a prioridade é requalificar a Residência de Treino de Autonomia, cuja cobertura tem infiltrações graves. “Está em causa o bem-estar dos nossos utentes, a salubridade e a segurança do edifício”, alerta Teresa.

Num tempo em que a saúde mental deixou de ser tabu e entrou no debate público, a pergunta que fica é: estarão as empresas dispostas a assumir a sua quota de responsabilidade social? O apelo é claro: apoiar projetos como o da ARIA é participar ativamente na construção de comunidades mais saudáveis, justas e sustentáveis.

(C) D.R.

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A responsabilidade social não é caridade, é investimento

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27 de nov. de 2025, 10:05

A ligação entre o mundo corporativo e o terceiro setor está longe de ser uma novidade, mas continua a ser um desafio. Teresa Ribeiro, diretora técnica e vice-presidente da ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, sublinha que as empresas “têm desempenhado um papel importante na nossa história, contribuindo de diversas formas no desenvolvimento de alguns dos nossos projetos”. Ainda assim, admite que esse papel “poderia ser mais representativo”, lembrando que em 2024 os donativos de empresas representaram apenas 6% do orçamento da associação.

Nos mais de 30 anos de atividade, a ARIA contou com parcerias regulares de marcas como o Pingo Doce e a Auchan, que fornecem géneros alimentares para a Residência onde vivem 12 utentes. “Este apoio permite uma redução muito significativa na rubrica da alimentação que, num projeto não sustentável financeiramente, representa uma diminuição considerável de despesa anual”, explica. Há também colaborações pontuais, como a da Securitas Portugal, que em 2024 contribuiu para atividades com os utentes.

A dificuldade, nota Teresa Ribeiro, começa na abordagem. “Chegar à pessoa certa nem sempre é fácil. Quando o conseguimos, a reação é geralmente positiva e de interesse, até porque o tema saúde mental está na moda desde o Covid-19. O que não significa que tenha mudado grande coisa”. Para a ARIA, a credibilidade de 34 anos de história, distinguida com prémios e reconhecida pelos Ministérios da Saúde e da Segurança Social, funciona como selo de confiança, mas ainda assim é preciso desbravar caminho junto das empresas.

A Associação tem, hoje, uma equipa de 50 trabalhadores e 14 colaboradores externos,.i Intervém em três concelhos (Lisboa, Oeiras e Cascais) e apoia diariamente mais de 200 pessoas com diferentes diagnósticos de saúde mental. Residência de treino de autonomia, apoio domiciliário, fóruns sócio-ocupacionais e formação profissional em restauração e jardinagem fazem parte da sua rede de serviços. Na prática, funciona como uma empresa: “Precisamos de uma gestão eficiente e de planeamento estratégico para garantir a sustentabilidade e a transparência na apresentação de resultados”, afirma Teresa, mas a diferença está no propósito.

“O sector privado visa o lucro e o terceiro setor visa o impacto social”, resume. E é nesse impacto que reside o potencial transformador das parcerias. A ARIA procura sempre oferecer contrapartidas que acrescentem valor às empresas, como ações de literacia em saúde mental dirigidas a funcionários. “Uma das principais dificuldades é a falta de conhecimento ou compreensão por parte das empresas sobre o nosso trabalho, o que pode dificultar o estabelecimento de parcerias sólidas”, refere.

As necessidades são concretas. Neste momento, a prioridade é requalificar a Residência de Treino de Autonomia, cuja cobertura tem infiltrações graves. “Está em causa o bem-estar dos nossos utentes, a salubridade e a segurança do edifício”, alerta Teresa.

Num tempo em que a saúde mental deixou de ser tabu e entrou no debate público, a pergunta que fica é: estarão as empresas dispostas a assumir a sua quota de responsabilidade social? O apelo é claro: apoiar projetos como o da ARIA é participar ativamente na construção de comunidades mais saudáveis, justas e sustentáveis.

(C) D.R.
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A responsabilidade social não é caridade, é investimento

E as empresas podem ajudar a mudar muitas vidas. Parceiras com o Pingo Doce ou a Auchan são essenciais para o trabalho que a ARIA desenvolve. A Associação que atua na área da saúde mental lembra que pequenas ações de grandes estruturas podem ter efeitos transformadores.

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27 de nov. de 2025, 10:05

A ligação entre o mundo corporativo e o terceiro setor está longe de ser uma novidade, mas continua a ser um desafio. Teresa Ribeiro, diretora técnica e vice-presidente da ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, sublinha que as empresas “têm desempenhado um papel importante na nossa história, contribuindo de diversas formas no desenvolvimento de alguns dos nossos projetos”. Ainda assim, admite que esse papel “poderia ser mais representativo”, lembrando que em 2024 os donativos de empresas representaram apenas 6% do orçamento da associação.

Nos mais de 30 anos de atividade, a ARIA contou com parcerias regulares de marcas como o Pingo Doce e a Auchan, que fornecem géneros alimentares para a Residência onde vivem 12 utentes. “Este apoio permite uma redução muito significativa na rubrica da alimentação que, num projeto não sustentável financeiramente, representa uma diminuição considerável de despesa anual”, explica. Há também colaborações pontuais, como a da Securitas Portugal, que em 2024 contribuiu para atividades com os utentes.

A dificuldade, nota Teresa Ribeiro, começa na abordagem. “Chegar à pessoa certa nem sempre é fácil. Quando o conseguimos, a reação é geralmente positiva e de interesse, até porque o tema saúde mental está na moda desde o Covid-19. O que não significa que tenha mudado grande coisa”. Para a ARIA, a credibilidade de 34 anos de história, distinguida com prémios e reconhecida pelos Ministérios da Saúde e da Segurança Social, funciona como selo de confiança, mas ainda assim é preciso desbravar caminho junto das empresas.

A Associação tem, hoje, uma equipa de 50 trabalhadores e 14 colaboradores externos,.i Intervém em três concelhos (Lisboa, Oeiras e Cascais) e apoia diariamente mais de 200 pessoas com diferentes diagnósticos de saúde mental. Residência de treino de autonomia, apoio domiciliário, fóruns sócio-ocupacionais e formação profissional em restauração e jardinagem fazem parte da sua rede de serviços. Na prática, funciona como uma empresa: “Precisamos de uma gestão eficiente e de planeamento estratégico para garantir a sustentabilidade e a transparência na apresentação de resultados”, afirma Teresa, mas a diferença está no propósito.

“O sector privado visa o lucro e o terceiro setor visa o impacto social”, resume. E é nesse impacto que reside o potencial transformador das parcerias. A ARIA procura sempre oferecer contrapartidas que acrescentem valor às empresas, como ações de literacia em saúde mental dirigidas a funcionários. “Uma das principais dificuldades é a falta de conhecimento ou compreensão por parte das empresas sobre o nosso trabalho, o que pode dificultar o estabelecimento de parcerias sólidas”, refere.

As necessidades são concretas. Neste momento, a prioridade é requalificar a Residência de Treino de Autonomia, cuja cobertura tem infiltrações graves. “Está em causa o bem-estar dos nossos utentes, a salubridade e a segurança do edifício”, alerta Teresa.

Num tempo em que a saúde mental deixou de ser tabu e entrou no debate público, a pergunta que fica é: estarão as empresas dispostas a assumir a sua quota de responsabilidade social? O apelo é claro: apoiar projetos como o da ARIA é participar ativamente na construção de comunidades mais saudáveis, justas e sustentáveis.

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