#Motivação

Luís Matias quer levar o yoga e a meditação às empresas

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27 de nov. de 2025, 10:22

Há mais de duas décadas que Luís Matias ensina yoga e meditação. Tem desenvolvido a sua prática profissional, sobretudo, em contexto privado, com aulas de grupo. No entanto, cada vez mais quer levar a prática contemplativa para dentro das empresas. O movimento que começou como uma curiosidade pontual tornou-se uma tendência internacional. Yoga, mindfulness, meditação, são termos que t|em vindo a entrar no vocabulário corporativo e começam a ocupar lugar nas agendas de formação, de gestão de stress e de desenvolvimento pessoal. Luís Matias tem assistido a essa transição de perto e acredita que o fenómeno não é passageiro: “As pessoas começaram a perceber que o autocuidado é essencial e que isso não é incompatível com o sucesso profissional”.

A entrada do yoga e da meditação no contexto empresarial responde a uma necessidade evidente: a de recentrar o foco e lidar com a pressão constante. O professor recorda que, em muitos casos, os participantes chegam às sessões com dificuldade em simplesmente parar. “Há um cansaço acumulado, físico e mental. As pessoas sentem-se exaustas por viver em modo reativo, sempre disponíveis e sempre em aceleração”, refere. As práticas contemplativas funcionam, nesse sentido, como uma pausa ativa, como um espaço de reconexão, como uma ferramenta.

Para Luís Matias, o grande passo está em compreender que estas práticas não são apenas momentos de relaxamento. “A meditação é um treino da atenção. O yoga é uma disciplina de presença. Ambos têm efeitos fisiológicos e mentais comprovados, mas o essencial é a transformação que promovem no modo de estar”. Esse modo, acrescenta, tem repercussões diretas na forma como se trabalha, se comunica e se decide dentro das equipas.


Luís Matias é professor de yoga e meditação há mais de 20 anos.


O corpo como instrumento de gestão

O interesse das empresas por programas de mindfulness, yoga ou respiração consciente cresceu de forma consistente nos últimos anos. Em multinacionais, autarquias e startups, as sessões regulares tornaram-se parte de estratégias de bem-estar e produtividade. Luís Matias considera que a eficácia está no equilíbrio entre o corpo e a mente: “Quando a mente está dispersa, o corpo contrai-se. Quando o corpo se solta e respira, a mente ganha clareza”.

Estudos científicos reforçam essa observação. Pesquisas conduzidas por instituições como a Harvard Medical School e a Universidade de Oxford demonstram que a meditação regular reduz níveis de cortisol, aumenta a concentração e melhora a capacidade de decisão sob pressão. O yoga, por sua vez, estimula o sistema nervoso parassimpático, promovendo respostas fisiológicas de calma e regulação. Luís Matias sublinha que estes resultados só acontecem quando há continuidade: “Uma sessão pontual pode aliviar, mas é a prática regular que muda comportamentos”.

As empresas que apostam neste caminho, explica, percebem rapidamente o retorno. As equipas tornam-se mais colaborativas, a comunicação flui com menos ruído e as decisões ganham qualidade. “Quando as pessoas aprendem a observar o que sentem antes de reagir, o ambiente muda. Isso é a essência da prática: estar presente”.

No entanto, há ainda barreiras culturais. Muitos colaboradores encaram o yoga e a meditação como algo esotérico ou distante da realidade corporativa. Luís Matias lida com isso com pragmatismo: “Evito qualquer linguagem que remeta para espiritualidade. O desenvolvimento do lado espiritual acaba naturalmente por acontecer mas prefiro falar de atenção, respiração, consciência do corpo, no fundo, conceitos simples, acessíveis e universais”. Essa tradução é, em si mesma, um ato pedagógico: aproxima mundos que, à partida, pareciam incompatíveis.



A presença como ferramenta de futuro

Integrar práticas contemplativas nas organizações é, para Luís Matias, mais do que uma tendência de bem-estar. É uma mudança estrutural na forma de entender o trabalho. “As empresas começam a perceber que cuidar das pessoas é cuidar do próprio negócio. Uma equipa saudável pensa melhor, cria melhor e erra menos”.

O professor observa que, nos contextos em que as práticas são adotadas com coerência, isto é, com apoio da liderança e regularidade, os resultados são visíveis: menor rotatividade, menos conflitos e maior satisfação geral. “Há uma qualidade diferente quando as pessoas respiram antes de responder, quando se escutam realmente”.

Ainda assim, o desafio é integrar estas ferramentas sem as transformar em modas descartáveis. Luís Matias insiste que a profundidade das práticas deve ser preservada. “O risco é tornarem-se apenas mais um produto de consumo rápido. A prática contemplativa é, no fundo, uma forma de vida”.

O futuro, acredita, passa por aproximar ciência, pedagogia e cultura organizacional. “Quando o conhecimento científico se junta à experiência interior, nasce um novo modelo de liderança, mais humano, mais lúcido e mais atento”. É essa convergência que o move: criar espaços onde a serenidade e a lucidez possam coexistir com a ambição e o ritmo do trabalho.



Quando a prática chega às empresas: o exemplo da Monolyto

Com o propósito de formalizar o trabalho que Luís Matias tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, co-fundou a Monolyto, uma empresa que quer ser parceira de outras, precisamente, para levar a prática contemplativa às equipas. Para isso, criou o programa de 3 ou 4 meses Monolyto Insight, um projeto de desenvolvimento humano que incorpora sessões regulares de yoga e meditação orientadas pelo professor. O objetivo é simples e ambicioso: promover o bem-estar dos recursos humanos, fortalecer a atenção e fomentar um ambiente de trabalho mais equilibrado e criativo.

Luís Matias descreve o programa como um espaço de pausa ativa dentro do ritmo exigente da vida corporativa. As sessões presenciais, online ou mistas adaptadas aos horários e necessidades de cada grupo de forma a não interferir nas dinâmicas já estabelecidas das organizações, combinam exercícios de respiração, breves práticas de posturas e movimento,  momentos de concentração e meditação orientados e a presença pontual de convidados que partilharão o seu conhecimento e experiência em temas relacionados com o programa. “A ideia é criar um intervalo consciente, onde cada pessoa possa recentrar-se e ganhar clareza antes de regressar ao que tem para fazer”, explica. O programa também inclui o acesso a uma app que permite que os participantes no programa mantenham a prática em suas casas, mas também onde estará todo o conteúdo audiovisual do que vai sendo ensinado e praticado ao longo das semanas do programa

A experiência destes programas de bem-estar suportados pelas práticas contemplativas tem mostrado resultados concretos. Os colaboradores relatam maior capacidade de concentração, melhor gestão emocional e uma sensação de coesão dentro das equipas. “O sucesso do Monolyto Insight mostrará que é possível trazer estas práticas para dentro das empresas de forma séria, estruturada e com impacto real”, sublinha o professor.

Encerrar uma sessão é, para Luís Matias, como fechar um ciclo de aprendizagem. “Quando terminamos, há um silêncio diferente na sala. É o silêncio de quem respira melhor”.



Uma mudança possível

Num mundo empresarial dominado por métricas, resultados e urgência, a proposta de Luís Matias soa a contraponto necessário. Parar, observar, respirar. Três gestos simples, que podem ser o início de uma nova forma de trabalhar e de estar.

“Apesar de existirem milhões de pessoas e milhares de empresas, em todo o mundo, que já aderiram às práticas contemplativas; apesar dos case studies de sucesso se repetirem; apesar de existirem cada vez mais evidências cientificas (suportadas por estudos credíveis e validados pelos pares de alguns importantes centros universitários e de investigação internacionais) dos benefícios destas práticas, ainda existem muitas pessoas, em Portugal, que as desconhecem ou têm uma ideia errada do que realmente são, e de como realmente podem contribuir para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos praticantes e das organizações que as acolhem. Foi por isso que criei o programa Monolyto Insight, para esclarecer, levar e implementar estas práticas dentro das organizações”, conclui Luís Matias.

#Motivação

Luís Matias quer levar o yoga e a meditação às empresas

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27 de nov. de 2025, 10:22

Há mais de duas décadas que Luís Matias ensina yoga e meditação. Tem desenvolvido a sua prática profissional, sobretudo, em contexto privado, com aulas de grupo. No entanto, cada vez mais quer levar a prática contemplativa para dentro das empresas. O movimento que começou como uma curiosidade pontual tornou-se uma tendência internacional. Yoga, mindfulness, meditação, são termos que t|em vindo a entrar no vocabulário corporativo e começam a ocupar lugar nas agendas de formação, de gestão de stress e de desenvolvimento pessoal. Luís Matias tem assistido a essa transição de perto e acredita que o fenómeno não é passageiro: “As pessoas começaram a perceber que o autocuidado é essencial e que isso não é incompatível com o sucesso profissional”.

A entrada do yoga e da meditação no contexto empresarial responde a uma necessidade evidente: a de recentrar o foco e lidar com a pressão constante. O professor recorda que, em muitos casos, os participantes chegam às sessões com dificuldade em simplesmente parar. “Há um cansaço acumulado, físico e mental. As pessoas sentem-se exaustas por viver em modo reativo, sempre disponíveis e sempre em aceleração”, refere. As práticas contemplativas funcionam, nesse sentido, como uma pausa ativa, como um espaço de reconexão, como uma ferramenta.

Para Luís Matias, o grande passo está em compreender que estas práticas não são apenas momentos de relaxamento. “A meditação é um treino da atenção. O yoga é uma disciplina de presença. Ambos têm efeitos fisiológicos e mentais comprovados, mas o essencial é a transformação que promovem no modo de estar”. Esse modo, acrescenta, tem repercussões diretas na forma como se trabalha, se comunica e se decide dentro das equipas.


Luís Matias é professor de yoga e meditação há mais de 20 anos.


O corpo como instrumento de gestão

O interesse das empresas por programas de mindfulness, yoga ou respiração consciente cresceu de forma consistente nos últimos anos. Em multinacionais, autarquias e startups, as sessões regulares tornaram-se parte de estratégias de bem-estar e produtividade. Luís Matias considera que a eficácia está no equilíbrio entre o corpo e a mente: “Quando a mente está dispersa, o corpo contrai-se. Quando o corpo se solta e respira, a mente ganha clareza”.

Estudos científicos reforçam essa observação. Pesquisas conduzidas por instituições como a Harvard Medical School e a Universidade de Oxford demonstram que a meditação regular reduz níveis de cortisol, aumenta a concentração e melhora a capacidade de decisão sob pressão. O yoga, por sua vez, estimula o sistema nervoso parassimpático, promovendo respostas fisiológicas de calma e regulação. Luís Matias sublinha que estes resultados só acontecem quando há continuidade: “Uma sessão pontual pode aliviar, mas é a prática regular que muda comportamentos”.

As empresas que apostam neste caminho, explica, percebem rapidamente o retorno. As equipas tornam-se mais colaborativas, a comunicação flui com menos ruído e as decisões ganham qualidade. “Quando as pessoas aprendem a observar o que sentem antes de reagir, o ambiente muda. Isso é a essência da prática: estar presente”.

No entanto, há ainda barreiras culturais. Muitos colaboradores encaram o yoga e a meditação como algo esotérico ou distante da realidade corporativa. Luís Matias lida com isso com pragmatismo: “Evito qualquer linguagem que remeta para espiritualidade. O desenvolvimento do lado espiritual acaba naturalmente por acontecer mas prefiro falar de atenção, respiração, consciência do corpo, no fundo, conceitos simples, acessíveis e universais”. Essa tradução é, em si mesma, um ato pedagógico: aproxima mundos que, à partida, pareciam incompatíveis.



A presença como ferramenta de futuro

Integrar práticas contemplativas nas organizações é, para Luís Matias, mais do que uma tendência de bem-estar. É uma mudança estrutural na forma de entender o trabalho. “As empresas começam a perceber que cuidar das pessoas é cuidar do próprio negócio. Uma equipa saudável pensa melhor, cria melhor e erra menos”.

O professor observa que, nos contextos em que as práticas são adotadas com coerência, isto é, com apoio da liderança e regularidade, os resultados são visíveis: menor rotatividade, menos conflitos e maior satisfação geral. “Há uma qualidade diferente quando as pessoas respiram antes de responder, quando se escutam realmente”.

Ainda assim, o desafio é integrar estas ferramentas sem as transformar em modas descartáveis. Luís Matias insiste que a profundidade das práticas deve ser preservada. “O risco é tornarem-se apenas mais um produto de consumo rápido. A prática contemplativa é, no fundo, uma forma de vida”.

O futuro, acredita, passa por aproximar ciência, pedagogia e cultura organizacional. “Quando o conhecimento científico se junta à experiência interior, nasce um novo modelo de liderança, mais humano, mais lúcido e mais atento”. É essa convergência que o move: criar espaços onde a serenidade e a lucidez possam coexistir com a ambição e o ritmo do trabalho.



Quando a prática chega às empresas: o exemplo da Monolyto

Com o propósito de formalizar o trabalho que Luís Matias tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, co-fundou a Monolyto, uma empresa que quer ser parceira de outras, precisamente, para levar a prática contemplativa às equipas. Para isso, criou o programa de 3 ou 4 meses Monolyto Insight, um projeto de desenvolvimento humano que incorpora sessões regulares de yoga e meditação orientadas pelo professor. O objetivo é simples e ambicioso: promover o bem-estar dos recursos humanos, fortalecer a atenção e fomentar um ambiente de trabalho mais equilibrado e criativo.

Luís Matias descreve o programa como um espaço de pausa ativa dentro do ritmo exigente da vida corporativa. As sessões presenciais, online ou mistas adaptadas aos horários e necessidades de cada grupo de forma a não interferir nas dinâmicas já estabelecidas das organizações, combinam exercícios de respiração, breves práticas de posturas e movimento,  momentos de concentração e meditação orientados e a presença pontual de convidados que partilharão o seu conhecimento e experiência em temas relacionados com o programa. “A ideia é criar um intervalo consciente, onde cada pessoa possa recentrar-se e ganhar clareza antes de regressar ao que tem para fazer”, explica. O programa também inclui o acesso a uma app que permite que os participantes no programa mantenham a prática em suas casas, mas também onde estará todo o conteúdo audiovisual do que vai sendo ensinado e praticado ao longo das semanas do programa

A experiência destes programas de bem-estar suportados pelas práticas contemplativas tem mostrado resultados concretos. Os colaboradores relatam maior capacidade de concentração, melhor gestão emocional e uma sensação de coesão dentro das equipas. “O sucesso do Monolyto Insight mostrará que é possível trazer estas práticas para dentro das empresas de forma séria, estruturada e com impacto real”, sublinha o professor.

Encerrar uma sessão é, para Luís Matias, como fechar um ciclo de aprendizagem. “Quando terminamos, há um silêncio diferente na sala. É o silêncio de quem respira melhor”.



Uma mudança possível

Num mundo empresarial dominado por métricas, resultados e urgência, a proposta de Luís Matias soa a contraponto necessário. Parar, observar, respirar. Três gestos simples, que podem ser o início de uma nova forma de trabalhar e de estar.

“Apesar de existirem milhões de pessoas e milhares de empresas, em todo o mundo, que já aderiram às práticas contemplativas; apesar dos case studies de sucesso se repetirem; apesar de existirem cada vez mais evidências cientificas (suportadas por estudos credíveis e validados pelos pares de alguns importantes centros universitários e de investigação internacionais) dos benefícios destas práticas, ainda existem muitas pessoas, em Portugal, que as desconhecem ou têm uma ideia errada do que realmente são, e de como realmente podem contribuir para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos praticantes e das organizações que as acolhem. Foi por isso que criei o programa Monolyto Insight, para esclarecer, levar e implementar estas práticas dentro das organizações”, conclui Luís Matias.

#Motivação

Luís Matias quer levar o yoga e a meditação às empresas

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27 de nov. de 2025, 10:22

Há mais de duas décadas que Luís Matias ensina yoga e meditação. Tem desenvolvido a sua prática profissional, sobretudo, em contexto privado, com aulas de grupo. No entanto, cada vez mais quer levar a prática contemplativa para dentro das empresas. O movimento que começou como uma curiosidade pontual tornou-se uma tendência internacional. Yoga, mindfulness, meditação, são termos que t|em vindo a entrar no vocabulário corporativo e começam a ocupar lugar nas agendas de formação, de gestão de stress e de desenvolvimento pessoal. Luís Matias tem assistido a essa transição de perto e acredita que o fenómeno não é passageiro: “As pessoas começaram a perceber que o autocuidado é essencial e que isso não é incompatível com o sucesso profissional”.

A entrada do yoga e da meditação no contexto empresarial responde a uma necessidade evidente: a de recentrar o foco e lidar com a pressão constante. O professor recorda que, em muitos casos, os participantes chegam às sessões com dificuldade em simplesmente parar. “Há um cansaço acumulado, físico e mental. As pessoas sentem-se exaustas por viver em modo reativo, sempre disponíveis e sempre em aceleração”, refere. As práticas contemplativas funcionam, nesse sentido, como uma pausa ativa, como um espaço de reconexão, como uma ferramenta.

Para Luís Matias, o grande passo está em compreender que estas práticas não são apenas momentos de relaxamento. “A meditação é um treino da atenção. O yoga é uma disciplina de presença. Ambos têm efeitos fisiológicos e mentais comprovados, mas o essencial é a transformação que promovem no modo de estar”. Esse modo, acrescenta, tem repercussões diretas na forma como se trabalha, se comunica e se decide dentro das equipas.


Luís Matias é professor de yoga e meditação há mais de 20 anos.


O corpo como instrumento de gestão

O interesse das empresas por programas de mindfulness, yoga ou respiração consciente cresceu de forma consistente nos últimos anos. Em multinacionais, autarquias e startups, as sessões regulares tornaram-se parte de estratégias de bem-estar e produtividade. Luís Matias considera que a eficácia está no equilíbrio entre o corpo e a mente: “Quando a mente está dispersa, o corpo contrai-se. Quando o corpo se solta e respira, a mente ganha clareza”.

Estudos científicos reforçam essa observação. Pesquisas conduzidas por instituições como a Harvard Medical School e a Universidade de Oxford demonstram que a meditação regular reduz níveis de cortisol, aumenta a concentração e melhora a capacidade de decisão sob pressão. O yoga, por sua vez, estimula o sistema nervoso parassimpático, promovendo respostas fisiológicas de calma e regulação. Luís Matias sublinha que estes resultados só acontecem quando há continuidade: “Uma sessão pontual pode aliviar, mas é a prática regular que muda comportamentos”.

As empresas que apostam neste caminho, explica, percebem rapidamente o retorno. As equipas tornam-se mais colaborativas, a comunicação flui com menos ruído e as decisões ganham qualidade. “Quando as pessoas aprendem a observar o que sentem antes de reagir, o ambiente muda. Isso é a essência da prática: estar presente”.

No entanto, há ainda barreiras culturais. Muitos colaboradores encaram o yoga e a meditação como algo esotérico ou distante da realidade corporativa. Luís Matias lida com isso com pragmatismo: “Evito qualquer linguagem que remeta para espiritualidade. O desenvolvimento do lado espiritual acaba naturalmente por acontecer mas prefiro falar de atenção, respiração, consciência do corpo, no fundo, conceitos simples, acessíveis e universais”. Essa tradução é, em si mesma, um ato pedagógico: aproxima mundos que, à partida, pareciam incompatíveis.



A presença como ferramenta de futuro

Integrar práticas contemplativas nas organizações é, para Luís Matias, mais do que uma tendência de bem-estar. É uma mudança estrutural na forma de entender o trabalho. “As empresas começam a perceber que cuidar das pessoas é cuidar do próprio negócio. Uma equipa saudável pensa melhor, cria melhor e erra menos”.

O professor observa que, nos contextos em que as práticas são adotadas com coerência, isto é, com apoio da liderança e regularidade, os resultados são visíveis: menor rotatividade, menos conflitos e maior satisfação geral. “Há uma qualidade diferente quando as pessoas respiram antes de responder, quando se escutam realmente”.

Ainda assim, o desafio é integrar estas ferramentas sem as transformar em modas descartáveis. Luís Matias insiste que a profundidade das práticas deve ser preservada. “O risco é tornarem-se apenas mais um produto de consumo rápido. A prática contemplativa é, no fundo, uma forma de vida”.

O futuro, acredita, passa por aproximar ciência, pedagogia e cultura organizacional. “Quando o conhecimento científico se junta à experiência interior, nasce um novo modelo de liderança, mais humano, mais lúcido e mais atento”. É essa convergência que o move: criar espaços onde a serenidade e a lucidez possam coexistir com a ambição e o ritmo do trabalho.



Quando a prática chega às empresas: o exemplo da Monolyto

Com o propósito de formalizar o trabalho que Luís Matias tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, co-fundou a Monolyto, uma empresa que quer ser parceira de outras, precisamente, para levar a prática contemplativa às equipas. Para isso, criou o programa de 3 ou 4 meses Monolyto Insight, um projeto de desenvolvimento humano que incorpora sessões regulares de yoga e meditação orientadas pelo professor. O objetivo é simples e ambicioso: promover o bem-estar dos recursos humanos, fortalecer a atenção e fomentar um ambiente de trabalho mais equilibrado e criativo.

Luís Matias descreve o programa como um espaço de pausa ativa dentro do ritmo exigente da vida corporativa. As sessões presenciais, online ou mistas adaptadas aos horários e necessidades de cada grupo de forma a não interferir nas dinâmicas já estabelecidas das organizações, combinam exercícios de respiração, breves práticas de posturas e movimento,  momentos de concentração e meditação orientados e a presença pontual de convidados que partilharão o seu conhecimento e experiência em temas relacionados com o programa. “A ideia é criar um intervalo consciente, onde cada pessoa possa recentrar-se e ganhar clareza antes de regressar ao que tem para fazer”, explica. O programa também inclui o acesso a uma app que permite que os participantes no programa mantenham a prática em suas casas, mas também onde estará todo o conteúdo audiovisual do que vai sendo ensinado e praticado ao longo das semanas do programa

A experiência destes programas de bem-estar suportados pelas práticas contemplativas tem mostrado resultados concretos. Os colaboradores relatam maior capacidade de concentração, melhor gestão emocional e uma sensação de coesão dentro das equipas. “O sucesso do Monolyto Insight mostrará que é possível trazer estas práticas para dentro das empresas de forma séria, estruturada e com impacto real”, sublinha o professor.

Encerrar uma sessão é, para Luís Matias, como fechar um ciclo de aprendizagem. “Quando terminamos, há um silêncio diferente na sala. É o silêncio de quem respira melhor”.



Uma mudança possível

Num mundo empresarial dominado por métricas, resultados e urgência, a proposta de Luís Matias soa a contraponto necessário. Parar, observar, respirar. Três gestos simples, que podem ser o início de uma nova forma de trabalhar e de estar.

“Apesar de existirem milhões de pessoas e milhares de empresas, em todo o mundo, que já aderiram às práticas contemplativas; apesar dos case studies de sucesso se repetirem; apesar de existirem cada vez mais evidências cientificas (suportadas por estudos credíveis e validados pelos pares de alguns importantes centros universitários e de investigação internacionais) dos benefícios destas práticas, ainda existem muitas pessoas, em Portugal, que as desconhecem ou têm uma ideia errada do que realmente são, e de como realmente podem contribuir para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos praticantes e das organizações que as acolhem. Foi por isso que criei o programa Monolyto Insight, para esclarecer, levar e implementar estas práticas dentro das organizações”, conclui Luís Matias.

#Motivação

Luís Matias quer levar o yoga e a meditação às empresas

O professor foca-se na respiração, no corpo, na prática da atenção plena através da meditação, nos benefícios, na consistência e na continuidade. Diz que, pelo mundo, os resultados de iniciativas semelhantes mostram equipas mais unidas, mais atentas, mais felizes e mais produtivas.

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27 de nov. de 2025, 10:22

Há mais de duas décadas que Luís Matias ensina yoga e meditação. Tem desenvolvido a sua prática profissional, sobretudo, em contexto privado, com aulas de grupo. No entanto, cada vez mais quer levar a prática contemplativa para dentro das empresas. O movimento que começou como uma curiosidade pontual tornou-se uma tendência internacional. Yoga, mindfulness, meditação, são termos que t|em vindo a entrar no vocabulário corporativo e começam a ocupar lugar nas agendas de formação, de gestão de stress e de desenvolvimento pessoal. Luís Matias tem assistido a essa transição de perto e acredita que o fenómeno não é passageiro: “As pessoas começaram a perceber que o autocuidado é essencial e que isso não é incompatível com o sucesso profissional”.

A entrada do yoga e da meditação no contexto empresarial responde a uma necessidade evidente: a de recentrar o foco e lidar com a pressão constante. O professor recorda que, em muitos casos, os participantes chegam às sessões com dificuldade em simplesmente parar. “Há um cansaço acumulado, físico e mental. As pessoas sentem-se exaustas por viver em modo reativo, sempre disponíveis e sempre em aceleração”, refere. As práticas contemplativas funcionam, nesse sentido, como uma pausa ativa, como um espaço de reconexão, como uma ferramenta.

Para Luís Matias, o grande passo está em compreender que estas práticas não são apenas momentos de relaxamento. “A meditação é um treino da atenção. O yoga é uma disciplina de presença. Ambos têm efeitos fisiológicos e mentais comprovados, mas o essencial é a transformação que promovem no modo de estar”. Esse modo, acrescenta, tem repercussões diretas na forma como se trabalha, se comunica e se decide dentro das equipas.


Luís Matias é professor de yoga e meditação há mais de 20 anos.


O corpo como instrumento de gestão

O interesse das empresas por programas de mindfulness, yoga ou respiração consciente cresceu de forma consistente nos últimos anos. Em multinacionais, autarquias e startups, as sessões regulares tornaram-se parte de estratégias de bem-estar e produtividade. Luís Matias considera que a eficácia está no equilíbrio entre o corpo e a mente: “Quando a mente está dispersa, o corpo contrai-se. Quando o corpo se solta e respira, a mente ganha clareza”.

Estudos científicos reforçam essa observação. Pesquisas conduzidas por instituições como a Harvard Medical School e a Universidade de Oxford demonstram que a meditação regular reduz níveis de cortisol, aumenta a concentração e melhora a capacidade de decisão sob pressão. O yoga, por sua vez, estimula o sistema nervoso parassimpático, promovendo respostas fisiológicas de calma e regulação. Luís Matias sublinha que estes resultados só acontecem quando há continuidade: “Uma sessão pontual pode aliviar, mas é a prática regular que muda comportamentos”.

As empresas que apostam neste caminho, explica, percebem rapidamente o retorno. As equipas tornam-se mais colaborativas, a comunicação flui com menos ruído e as decisões ganham qualidade. “Quando as pessoas aprendem a observar o que sentem antes de reagir, o ambiente muda. Isso é a essência da prática: estar presente”.

No entanto, há ainda barreiras culturais. Muitos colaboradores encaram o yoga e a meditação como algo esotérico ou distante da realidade corporativa. Luís Matias lida com isso com pragmatismo: “Evito qualquer linguagem que remeta para espiritualidade. O desenvolvimento do lado espiritual acaba naturalmente por acontecer mas prefiro falar de atenção, respiração, consciência do corpo, no fundo, conceitos simples, acessíveis e universais”. Essa tradução é, em si mesma, um ato pedagógico: aproxima mundos que, à partida, pareciam incompatíveis.



A presença como ferramenta de futuro

Integrar práticas contemplativas nas organizações é, para Luís Matias, mais do que uma tendência de bem-estar. É uma mudança estrutural na forma de entender o trabalho. “As empresas começam a perceber que cuidar das pessoas é cuidar do próprio negócio. Uma equipa saudável pensa melhor, cria melhor e erra menos”.

O professor observa que, nos contextos em que as práticas são adotadas com coerência, isto é, com apoio da liderança e regularidade, os resultados são visíveis: menor rotatividade, menos conflitos e maior satisfação geral. “Há uma qualidade diferente quando as pessoas respiram antes de responder, quando se escutam realmente”.

Ainda assim, o desafio é integrar estas ferramentas sem as transformar em modas descartáveis. Luís Matias insiste que a profundidade das práticas deve ser preservada. “O risco é tornarem-se apenas mais um produto de consumo rápido. A prática contemplativa é, no fundo, uma forma de vida”.

O futuro, acredita, passa por aproximar ciência, pedagogia e cultura organizacional. “Quando o conhecimento científico se junta à experiência interior, nasce um novo modelo de liderança, mais humano, mais lúcido e mais atento”. É essa convergência que o move: criar espaços onde a serenidade e a lucidez possam coexistir com a ambição e o ritmo do trabalho.



Quando a prática chega às empresas: o exemplo da Monolyto

Com o propósito de formalizar o trabalho que Luís Matias tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, co-fundou a Monolyto, uma empresa que quer ser parceira de outras, precisamente, para levar a prática contemplativa às equipas. Para isso, criou o programa de 3 ou 4 meses Monolyto Insight, um projeto de desenvolvimento humano que incorpora sessões regulares de yoga e meditação orientadas pelo professor. O objetivo é simples e ambicioso: promover o bem-estar dos recursos humanos, fortalecer a atenção e fomentar um ambiente de trabalho mais equilibrado e criativo.

Luís Matias descreve o programa como um espaço de pausa ativa dentro do ritmo exigente da vida corporativa. As sessões presenciais, online ou mistas adaptadas aos horários e necessidades de cada grupo de forma a não interferir nas dinâmicas já estabelecidas das organizações, combinam exercícios de respiração, breves práticas de posturas e movimento,  momentos de concentração e meditação orientados e a presença pontual de convidados que partilharão o seu conhecimento e experiência em temas relacionados com o programa. “A ideia é criar um intervalo consciente, onde cada pessoa possa recentrar-se e ganhar clareza antes de regressar ao que tem para fazer”, explica. O programa também inclui o acesso a uma app que permite que os participantes no programa mantenham a prática em suas casas, mas também onde estará todo o conteúdo audiovisual do que vai sendo ensinado e praticado ao longo das semanas do programa

A experiência destes programas de bem-estar suportados pelas práticas contemplativas tem mostrado resultados concretos. Os colaboradores relatam maior capacidade de concentração, melhor gestão emocional e uma sensação de coesão dentro das equipas. “O sucesso do Monolyto Insight mostrará que é possível trazer estas práticas para dentro das empresas de forma séria, estruturada e com impacto real”, sublinha o professor.

Encerrar uma sessão é, para Luís Matias, como fechar um ciclo de aprendizagem. “Quando terminamos, há um silêncio diferente na sala. É o silêncio de quem respira melhor”.



Uma mudança possível

Num mundo empresarial dominado por métricas, resultados e urgência, a proposta de Luís Matias soa a contraponto necessário. Parar, observar, respirar. Três gestos simples, que podem ser o início de uma nova forma de trabalhar e de estar.

“Apesar de existirem milhões de pessoas e milhares de empresas, em todo o mundo, que já aderiram às práticas contemplativas; apesar dos case studies de sucesso se repetirem; apesar de existirem cada vez mais evidências cientificas (suportadas por estudos credíveis e validados pelos pares de alguns importantes centros universitários e de investigação internacionais) dos benefícios destas práticas, ainda existem muitas pessoas, em Portugal, que as desconhecem ou têm uma ideia errada do que realmente são, e de como realmente podem contribuir para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos praticantes e das organizações que as acolhem. Foi por isso que criei o programa Monolyto Insight, para esclarecer, levar e implementar estas práticas dentro das organizações”, conclui Luís Matias.

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